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quinta-feira, 13 de maio de 2010

O que vem a ser Responsabilidade Social?!

O que vem a ser Responsabilidade Social?!
Participei, na última quarta-feira de mais uma reunião do PROTUR PG - Grupo de ação Pro Turismo de Porto de Galinhas - Ipojuca - PE, somos a ACAPG (Associação Comerciantes e Amigos de Porto de Galinhas) e mesmo sendo sócio o que vou expor é referente apenas a minha visão, não a visão do grupo ou associação.
Em resumo a reunião tratou da segurança de Porto de Galinhas com a presença de Dr. Claudio Borba, delegado responsável pela seccional do Cabo e Ipojuca e do capitão Alexandre Leite que veio representando o Coronel Gadelha da PM de Pernambuco.
Dr.Claudio Borba traçou um panorama da situação dos efetivos da policia civil e militar no município e mais especificamente em Porto,com suas atribuições, assinalando a limitação de recursos de pessoal e de equipamentos, falou também que hoje a gestão da segurança em PE é tratada da mesma maneira que uma empresa privada com metas a serem atingidas. O Capitão Leite da PM explicou as estratégias usadas pela policia militar frisando a importância da comunicação da comunidade em geral com a PM. Informou também que 90% dos crimes de Porto são cometidos por menores.
Um dos temas abordados foi que só os órgãos citados não serão capazes de acabar com o tráfico de drogas, a prostituição seja infantil ou não e os assaltos que se tornam constantes no destino é necessário trabalhar o social e de forma integrada tocar no âmago das questões.
Ao ouvir isso decidi me colocar e expus que já tentei desenvolver algumas ações com esse intuito não obtendo sucesso porque os empresários dizem que estão para ter lucro não fazer caridade, em meio a essa observação um fervor se fez presente, um pousadeiro disse não afirmar com o exposto porque ao perguntar sobre responsabilidade social, o mesmo inflou o peito e esbravejou eu sou responsável, eu emprego pessoas da região, PASMEM! Ele quer lucro, para isso precisa de empregados lógicooo, mas paga-se um bom salário? desenvolve-se um plano de cargos e salários? que benefícios são dados aos mesmos? enfim... como não conheço a forma que o mesmo trabalha, não arrisco responder, apenas lembro de tantos e tantos amigos que dizem como é difícil trabalhar em hotéis e pousadas, pois exige-se demais.. eu particularmente nunca trabalhei na área, uma vez ainda procurei, mas graças a Deus não fui selecionado, gosto de onde estou!
Repensando o tema responsabilidade social, fui buscar no pai google para afirmar ou não o que penso que sei sobre o tema, eis o que acho:

link http://www.artigonal.com/gestao-artigos/responsabilidade-social-de-empresas-507837.html

"Responsabilidade Social de Empresas

1 INTRODUÇÃO

As empresas estão inseridas em um ambiente de incertezas e de muitas pressões das partes interessadas que exigem cada vez mais um desempenho global que promova a eficiência, eficácia, efetividade e economicidade, que tenham suas operações “limpas” e ações transparentes e socialmente responsáveis. Neste contexto, nos últimos 40 anos foram desenvolvidas inúmeras técnicas gerenciais direcionadas às organizações a buscarem garantir sua sobrevivência no mercado e maximizar os seus resultados financeiros. Porém, como gerar competitividade vem dia após dia tornando-se um desafio central para as empresas.

Na busca da garantia de espaço no mercado globalizado, na potencialização do seu desenvolvimento, as empresas inteligentes, incansáveis na redefinição de seus valores como forma de adequá-los às necessidades mercadológicas vigentes, desenvolvem um novo comportamento voltado para o seu estabelecimento no mundo competitivo: Responsabilidade Social de Empresas (RSE), esta é a nova forma de “como fazer” adotada pelas empresas modernas.

Essa tendência decorre da maior conscientização do consumidor e conseqüente procura de produtos e práticas que gerem melhoria para o meio ambiente ou comunidade, valorizando aspectos ligados à cidadania. Além disso, essas profundas transformações mostram-nos que o crescimento econômico só será possível se estiver alicerçado em bases sólidas. Deve haver um desenvolvimento de estratégias empresariais competitivas por meio de soluções socialmente corretas, ambientalmente sustentáveis e economicamente viáveis. Diante do exposto cabe nos responder: o que vem a ser Responsabilidade Social de Empresas?


2 RESPONSABILIDADE SOCIAL DE EMPRESAS

Responsabilidade Social de Empresas é uma das temáticas mais faladas atualmente. Mas o que é esse conceito? O que ele engloba? O que influenciou o seu surgimento?

Corrêa et al (2004) cita que o despertar da responsabilidade social das empresas não tem um histórico cronologicamente definido. Há na verdade, uma evolução da postura das organizações em face da questão social, provocada por uma série de acontecimentos sócio-políticos determinantes e, também, por aqueles que foram conseqüência da inovação tecnológica.

Para Torres (2003), a realização de ações de caráter social não é uma prática tão recente no meio empresarial. Porém, somente no final dos anos 60 e início da década de 70, tanto nos Estados Unidos da América (EUA), quanto em parte da Europa, que uma atuação voltada para o social ganhou destaque, basicamente como respostas às novas reivindicações de alguns setores da sociedade que levaram para o universo das empresas diversas demandas por transformação na atuação corporativa tradicional voltada estritamente para o econômico.

No Brasil, os indícios de que uma mudança de mentalidade empresarial estava acontecendo, são percebidos desde meados da década de 60, quando novas idéias começam a serem discutidas e é criada a Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas (ADCE), sendo publicada a “Carta de Princípios do Dirigente Cristão de Empresas”, em 1965. A difusão dessas idéias, no entanto, tomou impulso a partir da segunda metade dos anos 70, quando mereceram destaque como ponto central do 2° Encontro Nacional de Dirigentes de Empresas. Um dos princípios da ADCE Brasil baseava-se na aceitação por seus membros de que as empresas além de produzir bens e serviços, devem possuir função social que se realiza em nome dos trabalhadores e do bem-estar da comunidade em geral.

A consciência de responsabilidade social do empresariado brasileiro teve certas instituições como protagonistas desta história e como catalisadores importantes e diretamente responsáveis pelo despertar desta consciência. A pioneira dessas instituições foi o Grupo de Instituições, Fundações e Empresas (GIFE), surgido em 1989, mas somente institucionalizada e formalizada em 1995. (CORRÊA et al, 2004).

O conceito de RSE às vezes está associado à prática filantrópica, pois é muito comum ver empresários e empresas divulgando nos meios de comunicação a participação ou o apoio a projetos sociais, através de doações. No entanto, a questão da responsabilidade social abrange muito mais do que simples doações financeiras ou materiais. De acordo com Silva (2001), “filantropia significa amizade do homem para com o outro homem”. Significa ajuda e possui um caráter assistencialista. Trata-se de uma ação externa à empresa, tendo como benefício à comunidade, tornando-se um paliativo para uma grave conjuntura social.

Para Grajew (1999), RSE trata-se da relação ética em todas suas ações, políticas, e práticas, sejam elas com o seu público interno ou externo.

Para Oliveira (2005), não existe uma lista rígida de ações que uma empresa deve fazer para ser socialmente responsável, ou seja, não existe uma definição consensual. Responsabilidade social envolve uma gestão empresarial mais transparente e ética e a inserção de preocupações sociais e ambientais nas decisões e resultados das empresas.

Responsabilidade social - relacionamento ético e transparente da organização com todas as partes interessadas, visando ao desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais (FPNQ, 2005).

Cherques (2003) enfatiza que as empresas estão sendo chamadas à responsabilidade porque, havendo se equivocado sistematicamente sobre o futuro da economia e da sociedade, vêem-se na contingência de reavaliar o peso dos efeitos das suas atividades e corrigir a sua conduta.

Dentre as atitudes possíveis para enfrentar esse desafio, a mais sábia parece ser a de sacudir a letargia e tentar dar conta do que está evidentemente errado. Trata-se de buscar uma nova identidade para as empresas. Uma identidade que integre a responsabilidade social às áreas estratégica, logística, operacional, financeira e comercial. (CHERQUES, 2003).

De acordo com Melo Neto e Froes (2001, p.78), a Responsabilidade Social das Empresas consiste na sua “decisão de participar mais diretamente das ações comunitárias na região em que está presente e minorar possíveis danos ambientais decorrente do tipo de atividade que exerce”.

Para Ashley (2003, p.56) a responsabilidade social empresarial pode ser definido como:

O compromisso que uma organização deve ter para com a sociedade, expresso por meio de atos e atitudes que afetem positivamente, de modo amplo, ou a alguma comunidade, de modo específico, agindo proativamente e coerentemente no que tange a seu papel específico na sociedade e na prestação de contas para com ela.

O termo Responsabilidade Social implica em uma forma das empresas conduzirem seus negócios “de tal maneira que as tornem parceiras e co-responsáveis pelo desenvolvimento social” (Instituto Ethos, 2002). A empresa socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes partes envolvidas no negócio (stakeholders): acionistas, funcionários, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio ambiente, de forma a conseguir incorporá-los no planejamento de suas atividades, buscando atender às demandas de todos.

De acordo com Silva (2001), responsabilidade social empresarial é o comprometimento permanente dos empresários de adotar um comportamento ético e contribuir para o desenvolvimento econômico, melhorando simultaneamente, a qualidade de vida de seus empregados e de suas famílias, da comunidade local e da sociedade como um todo.

Para Cherques (2003), do ponto de vista ético, não há limite de responsabilidade para os danos sociais que uma empresa possa causar. A idéia de limite de responsabilidade vem do direito civil e do comercial. Os proprietários de empresas de responsabilidade limitada só respondem pelo seu patrimônio social. Mas esta é uma figura econômica e jurídica. Moralmente não há limite para a nossa responsabilidade. O que existe é a não-responsabilização sob determinadas condições. A responsabilidade social das empresas compreende o conjunto de deveres morais que as empresas, na pessoa dos que as dirigem, têm para com a sociedade. Esses deveres são de caráter preventivo, por exemplo, quando a empresa se esforça por não deteriorar o meio ambiente, e de caráter reparador, quando, por exemplo, a empresa restaura o meio ambiente depois de um vazamento de efluentes.


3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As empresas descobriram que uma das formas de se tornarem competitivas está associado a fazer o bem, e aí devemos esquecer o conceito ultrapassado de filantropia e passarmos a visualizar o bem desenvolvido pelas empresas de forma abrangente, relacionado o compromisso com o ambiente que está inserido e o desenvolvimento da satisfação das partes interessadas.

Pelo apresentado podemos considerar que a Responsabilidade Social de Empresas é uma forma de gestão estratégica que vai muito além da obrigatoriedade legal e do marketing social, é na verdade o comprometimento permanente da empresa, em adotar um comportamento ético e contribuir para o desenvolvimento global da sociedade.



ABSTRACT

This article has for objective to understand the definition of corporate social responsibility. It shows the main definitions, the origin, and the importance of corporate social responsibility in the business strategic management.

Keywords: Social responsibility. Corporate social responsibility. Companies


REFERÊNCIAS

ASHLEY, Patrícia Almeida (Coord.). Ética e responsabilidade social. São Paulo: Saraiva, 2003.

CHERQUES, Hermano Roberto Thiry; Responsabilidade moral e identidade empresarial. Janeiro; Revista de Administração Contemporânea – RAC , vol. 7, edição especial, 2003

CORREA, Lindanalva da V. P, et al. Responsabilidade social: voluntariado na Alumar – gestão da participação cidadã. Monografia de conclusão de curso (graduação em administração, habilitação em análise de sistemas). São Luís: FAMA, 2004.

FUNDAÇÃO PRÊMIO NACIONAL DA QUALIDADE. Critérios de excelência. São Paulo: FPNQ, 2005.

GRAJEW, O. O que é Responsabilidade Social? In: Simpósio Nacional De Empresas E Responsabilidade Social, Ribeirão Preto, novembro/1999. Disponível em: www.ethos.org.br>. Acesso em: 25 de abr. 2005

INSTITUTO ETHOS. Responsabilidade social das empresas: contribuição das universidades. Vol 1 São Paulo: Peiropólis, 2002.

MELO NETO, Francisco Paulo de; FROES, César. Responsabilidade social e cidadania empresarial: a administração do terceiro setor. 2. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.

OLIVEIRA, José Antônio Puppim de (2005), "Uma Avaliação dos Balanços Sociais das 500 Maiores", Revista de Administração de Empresas - RAE – Eletrônica, v. 4, n. 1, Art. 2, jan./jul.

SILVA, R. D. da O melhor caminho, para àquele que deseja trilhar o rumo da responsabilidade social e do marketing social. Monografia de Conclusão de Curso (Graduação em Administração de Empresas) – Departamento de Administração, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2001.

TORRES, Ciro. Capítulo 2. Responsabilidade social das empresas. In: Fórum Responsabilidade e balanço social: Coletânea de textos. SESI, 2003."

Esse texto foi publicado em 2008, tempo suficiente para se firmar, porém ao ver cabeças pensantes que representam um destino turístico eleito 9 vezes a mais bela praia do Brasil falarem o que ouvi, repenso cada vírgula que li com um olhar ate meio utópico.
Fico triste por atrairmos "estrangeiros" assim para comandar empreendimentos na região, confesso que não consigo desassociar lucro de responsabilidade social; me acompanhe: se temos atualmente um grande problema como é o crack, que já está afetando o dia a dia das comunidades no Brasil inteiro, pactos de atividades contra esse mal devem ser feitas o quanto antes, justamente tentando salvar os que ainda não estão doentes; se apenas cruzo meus braços esperando alguma atitude dos órgãos tidos como "responsáveis" nada muda! talvez até piore, sabemos de nossa situação real; porém se eu destino um valor desse tão famigerado lucro para ser empregado em ações eficazes e éticas eu contribuo por menor que seja para a não aceleração desse mal que nos assola, é tão obvio que não consigo entender como não se pensa assim, que falta de sensibilidade é essa que não enxerga o obvio?!!!
Adoraria que alguns sócios do PROTUR/ACAPG, mas não só eles, também os empregadores de Porto e adjacências pudessem ler esse post e refletir sobre suas reais ações!
Como sei que isso é quase utópico estou fazendo minha parte.
Minha mãe sempre dizia que a oportunidade faz o ladrão, se a falta já o faz, imaginem a falta dessa oportunidade então?!!
Sou um beija flor tentando apagar um incêndio, mas além de tentar apagar o incêndio hoje eu tento trazer outros beija-flores para me ajudar nessa árdua tarefa.
Hoje 13 de maio, o Grupo UNINTER, O Centro Educacional Maria Santíssima, o Conselho Tutelar e a Promotoria Pública fechamos uma parceria em prol dos jovens da região, chama-se Jovem Consciente, 5 jovens em situação de risco foram indicados pelo conselho tutelar para participar conosco desse maravilhoso projeto que consiste em oferecer um curso que une modalidade a distância com a modalidade presencial para capacitar os jovens envolvidos, desenvolvendo neles o espírito empreendedor e pro ativo.
Temos muito trabalho pela frente, o evento foi um sucesso entre os presentes tivemos alunos do CEMS, do Grupo UNINTER, a conselheira Jaqueline representando seu órgão, entre tantos outros capazes de propagar a mensagem contra o abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes que tem seu ápice dia 18 do mês corrente.
Sinto-me cansado com toda a correria que foi, mas sinto-me feliz por hoje ter mais maturidade para entender que apenas com paciência a gente consegue chegar em nossas metas, adoraria acordar e ver tudo resolvido, mas aí perderia essa sensação de cansaço e realização que tenho agora.
E conto principalmente com meus queridos alunos, para juntos acessarmos o mercado munidos de esperança, credibilidade, ética, mas acima de tudo de RESPONSABILIDADE, social, ambiental, moral e pessoal, pois nada é mais lindo do que deitar a cabeça no travesseiro e saber que algo foi feito seguindo um grande mandamento: AMAI AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO!
Parabéns para nós, sociais por natureza.